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sexta-feira, novembro 23, 2012

Relief

I faced the most distressful ten-minutes walk ever just to say thank you. Thank you for killing all my hopes. My hopes that there could be any future for us. My hopes that there were any step I could give on your direction. Thank you for killing all our chances, for giving me enough reasons to never look behind.
Thank you for all the times you ignored me, for being always so far and unachievable. Thank you for making it hurt day after day, till I got numbed.
Thank you for not giving a damn for my pain, for my issues, for my questions. Thank you for not answering my messages, my questions or even my expectations.
You made it easier. You made it faster.
Thank you for your unbreakable silence, your monosyllabic speach, your empty words. They've left enough space. And this space I filled with the worst possibilities, occupied it with my own version of the story. And I can swear to you, I've been living with the worst. I've been dealing with the emptiness day after day. I've been feeling lonely enough for grabbing any chance of conection with someone else. I've been so sad, that I get happy when the noises around me get to supress my outcry.
So far there's always something missing. But I really want to thank you 'cause seems to be closer the day in which I'll look at the past with indifference.
It's a climb. A sudden climb. The top is still cloudy. But I'll keep climbing.
The closer you get, the lighter things will be, and I'll get relief.

terça-feira, novembro 20, 2012

Carrega

Quantos passos são necessários pra que eu chegue lá? Quantos dias são necessários para que o passado se feche em si? Quanto tempo leva até que deixemos de esperar que a vida se dê em ciclos fechados? Quanta maturidade é necessária para que aprendamos a enfim lidar com perguntas sem respostas? Quantas vezes é necessário cair até que se levantar não seja doloroso? Eu tenho tentado agir normalmente, andar como andaria, falar como falaria, pensar como deveria. Eu tenho mantras que repito sempre que necessário, esperando absorvê-los e, enfim, colocá-los em prática. Eu tenho um copo que já tem o cheiro do álcool daquela garrafa de vodca que eu bebi todas aquelas vezes em que me lembrar foi dolorido. Eu tenho essa alma saudosista e esse cérebro nostálgico. Eu tenho essa graça esquisita de querer discordar da dor. Eu tenho tudo isso que hoje não me serviu pra nada.
Eu tenho tudo isso e, mesmo assim, dar de cara com esse lembrete infiel de algum passado me tirou um pouco do chão e da minha firmeza nos pés. Eu digo infiel porque ele vem com esse ar atraente de passado, mas com um gosto amargo e desapontador de um presente que se instala, peremptório.
Será que é demais que nessa vida eu peça por clareza? Será que se paga um preço muito alto pra ter respostas? Ainda que seja inútil ter certeza, eu estou aqui disposta a pagar pra ver.
Eu passo tanto tempo sem escrever, sem falar, sem sequer pensar sobre; e de repente a roda gira e troca as imagens na minha cabeça e incomoda um pouco a minha paz, só pra insinuar que talvez os nós não estejam atados. E eu pergunto pra mim mesma: como? Pra quê? Por quê? Na ausência de respostas, eu respiro fundo até que a minha mente se canse e troque de novo as imagens. E vem sendo assim uma vez a cada semana ou a cada mês.
A memória é um tanto traiçoeira, mas é igualmente falha. Daqui a pouco as coisas se ajeitam. Já diz-se por aí que o tempo se encarrega das coisas. Então, enquanto o tempo (se en)carrega (de) você, eu me (encar)rego de mais outra dose daquela vodca que já tem esse estranho cheiro de nós.

quarta-feira, novembro 07, 2012

Linha

Você se lembra daquela vez, aquela primeira vez em que a gente ficou abraçados sentindo o vento que passava varrendo a nossa timidez? E a gente ficou falando de nada, com cara de bobos, e você em algum momento, de propósito, bagunçou meu rabo-de-cavalo. E eu fiquei muito, muito nervosa. Tanto que, mesmo eu tentando disfarçar, você notou... eu não sei o que você achou da minha reação, se achou infantil, exagerada ou fútil, mas eu nem quis me explicar. Como eu iria explicar pra você que o único motivo que me fez ficar irritada com isso era o fato de que isso fazia eu me lembrar de que ele sempre fazia isso? Como eu iria te dizer que essa era apenas uma das pequenas coisas que me fazia sentir saudades de estar com ele? Acredito que, naquele momento, você não gostaria de ouvir nada disso...
Então o tempo passou, essas coisas foram passando e você foi ficando.
Eu achei que você era nada, que a gente era nada, que era só uma coisa sem nome, sem definição...
Sem nomes, sem regras, sem explicações, sem decoro... apenas eu. E você. Eu e você.
Até ontem, quando você estava outra vez abraçado comigo, outra vez nós sendo bobos, e outra vez você bagunçou propositalmente meu cabelo. E eu ri. E isso me fez lembrar apenas de você, e da gente, e foi aí que eu percebi que já é tarde demais, que eu cruzei a linha de segurança, que eu já estou do lado de lá... eu estou apaixonada, eu já me rendi. Não há formas de te tirar da minha vida sem que eu sofra ao menos um pouco; não há como te levar daqui sem desequilibrar um pouco meus passos; se você chega, se você sai, tudo isso afeta minha respiração...
Então tudo o que eu posso fazer agora é esperar.. esperar você se render, esperar você ser meu assim como eu sou sua agora, meu bem.
Então você poderia, agora, segurar minha mão e me dizer que não está sendo em vão?