Rumores. Sórdidos. Sádicos.
Passando por minha janela como um vento cruel
Fazendo estardalhaço em minha mente
Gritando, apressando minha razão
Palavras soltas, vozes anônimas
Revelam sua verdadeira intenção
E agora, em meu silêncio, me atino
À cor do teu olhar ao me dizer gentilezas,
-Era cor de escuridão, cor de amargura-
Delicadezas, enganos sutis, mentiras vis
E então te olho com um olhar de compreensão
E te acho desprevenido, desprovido
De máscaras, E encontro,
-No fundo de seus olhos escuros-, sua intenção
E vejo quão más são suas intenções
E sinto quão vazia é a sua existência
Tão vazia de fazer querer morrer
E então um lapso de entendimento:
Me passa pela cabeça que talvez tu
Prefiras a dor que a insignificância
Ainda que a dor alheia, teu cruel pungimento
Por já não seres capaz de sentir nada
Mergulhado em seu torpor, lastimoso e silente
Rumores. Sólidos. Tácitos.
Se calam em um eclodir surdo
Gosto muito de poemas como este, Vivian, que começam "turbulentos" e terminam com "calmaria". Congratulações!
ResponderExcluirInteressante...
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