Meu estômago revira, meu corpo se recusa a reagir e minha cabeça dói. E eu só consigo me perguntar como é que o meu cérebro consegue me pregar essa peça? Ele não deveria ser racional e preservar o meu físico de toda essa destruição? Mas a dor que eu estou sentindo se espalha por todo o meu corpo. Eu me enrolo, deito de barriga pra baixo, de barriga pra cima, e espero o sono vir. Eu não consigo ficar em pé, eu não consigo estudar, eu não consigo fazer nada do que eu tenho que fazer. Eu estou com fome e até agora não comi. Mas o meu cérebro não me deixa dormir. O sono não vem. Estou prostrada mas não consigo dormir em paz.
Eu não consigo enganar meu corpo porque ele sabe que já chegou o fim. Ele vê isso nos seus olhos. Ele sente isso na forma como você me toca.
E ele me subjuga. Eu não vou dar nenhum passo porque eu não saberia como. Se eu tentasse, eu tropeçaria no meu próprio pé. E como eu iria explicar aos outros que eu soltei sua mão porque escolhi soltar? Depois de te amar tanto e de continuar amando? Te amando e sendo amada por você de forma tão intensa e simplesmente escolhendo que não deveria ser assim?
É verdade, sim, eu te amo. Sei disso porque eu ando na rua mas eu só me importo com o olhar que você dirige a mim. Sei disso porque eu conheço um tanto de caras legais mas é só de você que eu sinto solidão. Sei disso porque cada gesto bonito seu me deixa inebriada. Porque eu passo a semana ocupada mas quando chega a sexta feira a noite meu corpo procura avidamente por você. Sei disso porque quando você me abraça eu não tenho pressa de mais nada.
Sei disso porque sei com cada célula do meu corpo.
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