Nossos sorrisos tão bem lembrados,
Nossos segredos revelados,
E quem somos, um pro outro, selados
Mil palavras mal-ditas,
Meias-verdades? infinitas!
E nossas almas, juntas, aflitas
Sofrendo com toda sinceridade
Ao sermos expostos à luz da verdade
Pois se mentíamos por vaidade
Éramos flagrados pela intimidade
Nossos sonhos ficarão guardados
Em uma caixinha, com um belo laço
Até que um de nós a ouse abrir
E ao ver, de novo, o que fomos outrora
Termos que encarar, trazer a memória
Tudo de belo que pudemos sentir
O mundo à nossa volta girou
E em simples estranhos nos tornou
Ganhei o tempo como inimigo
De tão cruel que tem sido comigo
Tem me dado tapas que não sei revidar
Tua indiferença é o que me faz doer
Vendo definhar o que quis proteger
Não posso, sozinha, esse amor manter
Em uma redoma de vidro, fazê-lo crescer
Não se trata de palavras, mas de viver
Não cabe a mim, fazer-te perceber
Cabe apenas arranjar meu mundo sem você
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