Estou cercado, nem sei porque
De limites sem objetivos
O amanhã? Nem sei pra que
Se nem pelo hoje eu vivo
E toda essa suposta razão
Que cerceia do homem a bravura?
E toda essa falsa civilização
Que estranha minha loucura?
Desejei enfrentar moinhos de vento
Pensei ter a faca e o queijo na mão
Sonhei externar meu descontentamento
Ao ver o mundo esvair-se em vão
Viver, lutar e morrer por um ideal
Conquistar o mundo, mundo surreal
Mas o sonho morreu, o amanhã é uma quimera
O hoje é ilusão! Sonhar? Quem me dera
Morrer por amor, lutar numa guerra
E ter o Dom de Quixote eu quisera
De fazer Miguel de Cervantes y Saavedra parar para pensar.
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