Ei, garoto, eu te observo e te vejo sempre inquieto. Suas mãos estão sempre ansiosas, sua respiração é sempre pesada, seus pés parecem não poder repousar e seu falar é impaciente. Seus olhos estão sempre buscando algo. Seus olhos parecem gritar algo.
Você soa tão passional.
Talvez seja por isso que tantas vezes eu pensei que você tivesse algo a dizer. Talvez por isso tantas vezes eu fiz silêncio esperando que você colocasse pra fora um pouco de si, que você vomitasse um pouco dessa sua ansiedade.
Talvez por isso eu sempre achei que você estivesse me escondendo algo.
Mas e se o que você tanto esconde aí dentro que parece querer explodir de dentro pra fora for você? E se até agora eu não faço ideia de quem você é?
E eu te pergunto: O que você tanto busca? O que os teus olhos clamam tão avidamente?
Me diz, garoto: a sua inquietude vem da alma?
Nossa! Se alguém um dia me escrevesse isso, eu juro que responderia. Mesmo que para isso eu produzisse um livro. Adorei!
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