... E toda essa suposta razão que cerceia do homem a bravura? E toda essa falsa civilização que estranha minha loucura?
quinta-feira, julho 21, 2011
Confesso
Confesso: eu menti quando disse ter certeza. Eu não tenho. Fica chateado não, não quis te enganar. Aliás, quis sim, mas foi sem querer. Sem querer não: foi querendo que fosse verdade! Disse assim, com voz firme, só pra tentar acreditar junto com você. Queria que fosse verdade. Que fosse simples assim. Bastando decidir te amar pra vida toda e fazê-lo. Mas não é. Gosto de pensar. Gosto e não gosto. Não gosto porque penso e não chego a conclusão nenhuma. Mas não consigo parar, é um vício. Então eu te olho e me pego pensando, e fazendo planos pro resto da vida. E depois eu me olho no espelho e me pergunto a quem engano. Às vezes você parece que só finge acreditar. Você acredita em mim? Você acredita quando diz que me ama? Ou nem pensa nisso? Gostaria que pensasse. Queria que tivesse certeza quando dissesse. É querer demais? Talvez se soubéssemos ser honestos com nós mesmos, conseguiríamos ser um com o outro. Eu sou curiosa, quero possibilidades. Me deixa tentar? Mas sem me largar: anda juntinho comigo. Não é que eu não saiba viver sem você, é que tenho preguiça de tentar. É tão bom teu carinho aqui. Tuas mãos quentes no meu rosto, o jeito como a gente encaixa. Responda minhas perguntas? Você não saberia, eu sei. Me beija então? Mas me beija logo, só assim pra minha mente parar de funcionar. Enquanto isso eu vou negar, pois tenho medo do dia em que eu possa acordar não tendo mais certeza nenhuma de você.
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