Não vai. Fica. Eu sei que eu não tenho sido a melhor companhia nos últimos tempos, mas é só você que me deu esperança de que eu poderia amar novamente. Espera. Senta do meu lado. Entrelaça seus dedos nos meus como costuma fazer, segura firme. Finge que nunca vai soltar. Me olhe nos olhos e me constranja. Eu sei que eu não te amo agora, mas se você me der algum tempo. É só o teu braço quente que eu quero agora, e a sua paciência. Eu sei que você me esperou por dias e meses e anos e eu não posso prometer que chegaremos a lugar algum. Mas eu gostaria de que você esperasse que os meus pés estivessem firmes antes de voltar a caminhar novamente. Pra, quem sabe, assim poder andarmos juntos. Gostaria de que você esperasse que essas feridas no meu peito virassem cicatrizes, e que as cicatrizes virassem passado, antes que enfrentássemos esse vento que ameaça vir. Eu sei, não vai ser fácil, mas eu juro que me esforço. A vida debulhou-me, desfez-me, me pôs em pedaços pequenos. E hoje eu sou tão pedaços que já nem me lembro a razão de assim estar. Mas é que hoje eu olhei nos seus olhos e tive esperança. Esperança de que algo novo e que, ao mesmo tempo, sempre esteve aqui, essa mistura de ansiedade e chão-firme, esperança de que isso, sim, seja a resposta pra o que eu estou sentindo agora. Me dá um tempo e, eu juro, eu sei que posso te amar.
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